segunda-feira, 4 de maio de 2009

Preso economista apontado como líder neonazista em SP - Uma notícia que ninguem quer acreditar...



Ricardo Barollo, de 34 anos é acusado de liderar organização para surgimento de um novo país.

Agência Estado
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São Paulo - A prisão ontem, em Moema, zona sul da capital paulista, do economista Ricardo Barollo, de 34 anos, deve ser um golpe no movimento neonazista brasileiro. Apontado como o mais influente líder de uma organização que previa o surgimento de um novo País nos moldes do Nacional-Socialismo - o "Neuland" (Terra Nova) -, ele foi apresentado neste sábado (02) pela Polícia Civil do Paraná como o mandante do assassinato de Bernardo Dayrell Pedroso, de 24, e Renata Waeschter Ferreira, de 21, em 21 de abril em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR), durante uma festa em comemoração ao aniversário de Adolf Hitler.

Além dele, foram presos em Curitiba Rodrigo Mota, de 19 anos, Gustavo Wendler, de 21, Rosana Almeida, de 22, e João Guilherme Correa, de 18, que é soldado do Exército. Em Teotônia (RS), também foi detido Jairo Maciel Fischer, de 21. Todos responderão por duplo homicídio, formação de quadrilha e apologia ao nazismo

Segundo o secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, o motivo do crime foi uma disputa política dentro do movimento por causa da crescente influência de Bernardo na célula paranaense. Ele discordava de métodos truculentos usados por Barollo. O economista nega. Já Renata, a outra vítima, não tinha relevância dentro do neonazismo. "Ela estava no lugar errado, na hora errada. Eles a mataram por ter testemunhado a morte do rapaz, por estar dentro do mesmo carro", afirmou Delazari. "Ele (Barollo) diz que em hora nenhuma esteve no local da festa, só que seu telefone realizou várias ligações no horário do crime. Era uma disputa de poder. Foi ele o mandante. Isso é declaração dos executores do crime."

Policiais dizem que tudo foi premeditado: os tiros que mataram Renata foram disparados por João Guilherme, Jairo foi o responsável por matar Bernardo, a missão de Rosana era atrair o casal para fora da festa.

Barollo disse não ter conhecimento das acusações, negou qualquer intimidade com movimentos neonazistas e afirmou que estava em Içara (SC) na hora das execuções. "Encontraram coisas na minha casa, nada relacionado ao nazismo, nada. Encontraram documentos quando era menor, de quando eu fazia reuniões políticas, mas em momento algum com menção ao símbolo nacional-socialista", disse. Questionado sobre sua simpatia por Hitler, Barollo afirmou: "É a opinião como a de todos. Adolf Hitler foi um líder e a Alemanha tem que responder por isso." Seu advogado, Adriano Bretas, reclamou que não viu o processo. "É absurdo cogitar que Ricardo, com trabalho, arrimo de família, possa ser o mandante do crime."

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Você não deve estar entendendo porque postei essa notícia, não é mesmo? Afinal, no Brasil, crimes envolvendo vítimas fatais virou fato corriqueiro, a violência foi banalizada...
Ah! Então provavelmente postei a notícia porque, como todos sabem, sou radicalmente contra qualquer tipo de ideologia racista, nazista ou neonazista, politica, religiosa...
Sim, esse foi o segundo motivo que me fez postar.
Hoje, quando assistia tv, um desses telejornais matinais, fiquei petrificado quando vi o rosto de um querido colega de colégio, de teatro, de abraços, risos e brincadeiras, entrar algemado numa delegacia: Ricardo Barollo, o Juca, como era conhecido no instituto de educação Costa Braga. Sem querer acreditar e ainda chocado, busquei na internet tudo que há sobre o caso, pois queria saber se era ele mesmo. Era mesmo o Juca.
Não quero e não devo condena-lo, isso é trabalho da justiça, mas se ficar provado que toda esta história é verdadeira, vai ser duro de aceitar...como um cara esclarecido, culto, bem-sucedido e querido por tantos, pôde escolher tal caminho? Triste, inconformado e chocado, encerro o post de hoje.

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